Você já ouviu falar sobre a importância da reserva de emergência?
Muitos influenciadores costumam falar sobre isso, mas talvez você ainda não saiba como montar a sua. Se esse é o seu caso, não se preocupe!
A partir de agora, vamos abordar todos os passos para que você possa criar uma reserva de emergência eficiente e sólida.
Afinal, atingir a independência financeira é muito mais fácil sem imprevistos e perdas desnecessárias!
Entendendo a importância da reserva de emergência
A reserva de emergência é como um colchão financeiro que te protege contra imprevistos, como perda de emprego, problemas de saúde ou reparos urgentes no carro ou em casa.
Ter uma reserva te dá tranquilidade e segurança para enfrentar essas situações sem precisar recorrer a empréstimos ou comprometer suas economias.
De fato, a reserva de emergência é uma soma em dinheiro que NÃO será contabilizada como investimentos por você. A função desse dinheiro é simplesmente estar ali para suprir algum imprevisto ou situação de urgência que possa acontecer.
Por exemplo, imagine que você sofre um acidente e precisa ficar afastado do trabalho por alguns meses. Sem uma reserva, você pode ter dificuldades para pagar suas contas e manter seu padrão de vida.
Nesse caso, a reserva de emergência seria fundamental para cobrir suas despesas durante esse período de recuperação.
Sem uma reserva de emergência formada e bem estabelecida, alguns exemplos de situações que podem acontecer são:
- Endividamento: Sem uma reserva, você pode ser forçado a contrair dívidas, como empréstimos pessoais ou uso excessivo do cartão de crédito, para lidar com despesas inesperadas.
- Comprometimento das economias: Sem uma reserva, você pode precisar retirar dinheiro de suas economias ou investimentos, prejudicando seus objetivos financeiros de longo prazo.
- Atraso no pagamento de contas: A falta de uma reserva pode levar a atrasos no pagamento de contas e outros compromissos financeiros, o que pode resultar em juros, multas e impacto negativo no seu histórico de crédito.
- Estresse e preocupação financeira: Não ter uma reserva de emergência pode aumentar o estresse e a preocupação com as finanças, especialmente em momentos de crise.
- Redução do padrão de vida: Em situações extremas, a falta de uma reserva de emergência pode levar a uma redução drástica do padrão de vida, como a necessidade de mudar de casa ou cortar gastos essenciais.
A reserva de emergência é um componente crucial de um planejamento financeiro bem-sucedido. Com uma reserva sólida, você estará mais bem preparado para enfrentar imprevistos e manter a estabilidade financeira a longo prazo.
Como calcular o valor ideal da sua reserva de emergência
O valor ideal da sua reserva de emergência depende das suas despesas mensais e do seu perfil financeiro.
Uma regra geral é ter entre 3 a 6 meses de despesas mensais na reserva.
Para chegar a esse valor, some todas as suas despesas fixas e variáveis para obter o valor mensal e multiplique pelo número de meses desejado.
Como exemplo, imagine o Lucas, que é solteiro e vive com os pais. Ele recebe 3 mil reais de salário em nosso exemplo, e suas despesas mensais fixas somam cerca de 600 reais. Suas despesas variáveis giram em torno de 1200 reais. Ele é contratado por uma empresa de informática há 6 meses.
Nesse exemplo, o Lucas tem despesas totais em torno de 1800 reais por mês. Como é contratado por uma empresa como terceirizado, pode considerar que tem uma situação menos estável de emprego, e buscar 6 meses ou mais de contas pagas em sua reserva de emergência
Então, para encontrar o valor da reserva de emergência ideal de Lucas, faremos a conta 1800 x 6 (os gastos vezes o número de meses de reserva). O resultado, para Lucas, seria de 10.800 reais.
Essa conta deve ser adaptada caso a caso – levando em consideração todos os fatores que podem influenciar nessa decisão, como ter emprego estável (por exemplo, um cargo concursado), ter ou não dependentes, a facilidade de recolocação profissional, e até mesmo a percepção emocional de estar “seguro” ou não.
Lembre-se de considerar seu estilo de vida e situação familiar ao fazer esses cálculos.
Para aprofundar um pouco em algumas situações, é possível encontrar investidores em 3 situações, em geral:
1. Investidor sem reserva de emergência, mas com investimentos em renda variável
Nessa situação, o investidor já possui investimentos, mas eles estão concentrados em ativos de maior risco e volatilidade, como ações e criptomoedas.
Embora esses investimentos possam oferecer retornos mais altos, eles também podem ser menos líquidos (ou seja, pode ser caro e difícil de vender os ativos de uma hora para outra) e mais suscetíveis a flutuações do mercado (ou seja, os preços podem variar sem aviso prévio).
Para calcular o valor ideal da reserva de emergência, o investidor deve seguir a regra geral de 3 a 6 meses de despesas mensais.
O investidor pode parar de fazer aportes em seus investimentos, até que sua reserva de emergência esteja formada e pronta – e então, sim, caminhar rumo à independência financeira.
2. Investidor sem reserva e sem outros investimentos (por exemplo, está começando agora)
Para um investidor iniciante que ainda não possui investimentos nem reserva de emergência, o primeiro passo é estabelecer essa reserva antes de se aventurar no mundo dos investimentos.
Ao calcular o valor ideal da reserva, o investidor deve levar em consideração sua situação financeira atual, estilo de vida e segurança no emprego.
Se o investidor tiver um emprego estável e poucas despesas, 3 meses de despesas mensais podem ser suficientes. No entanto, se o investidor tiver responsabilidades familiares ou um emprego menos seguro, um valor mais próximo de 6 meses pode ser mais adequado.
Considere também as outras situações envolvidas na determinação de quanto deve ser a sua reserva de emergência (como ter ou não dependentes, presença de doenças ou condição de saúde, entre outros).
3. Investidor sem reserva financeira e endividado
Para investidores endividados, a prioridade deve ser pagar as dívidas, especialmente aquelas com juros altos, como cartão de crédito e empréstimos pessoais.
Entretanto, isso não significa que a construção da reserva de emergência deve ser completamente negligenciada.
O ideal é estabelecer um plano para quitar as dívidas e, ao mesmo tempo, começar a construir a reserva de emergência.
Nesse caso, é recomendável focar inicialmente em formar uma reserva menor, talvez equivalente a 1 ou 2 meses de despesas mensais. Após quitar as dívidas, o investidor pode então trabalhar para aumentar a reserva de emergência para o valor ideal de 3 a 6 meses de despesas mensais.
Qual o melhor investimento para reserva de emergência?
Um bom investimento que você pode usar para deixar a sua reserva de emergência precisa ter algumas características bem definidas.
O melhor investimento para reserva de emergência financeira é aquele que oferece alta liquidez (ou seja, você pode resgatar seu dinheiro rapidamente), baixo risco (o valor do investimento não fica variando conforme as notícias e expectativas de outros investidores) e retorno real positivo (o seu dinheiro rende mais do que a inflação ao longo do tempo).
Isso significa que você deve ser capaz de acessar seu dinheiro rapidamente em caso de emergência e sempre que desejar, sem correr o risco de perder valor devido à volatilidade do mercado.
Algumas opções de investimento adequadas para uma reserva de emergência incluem:
- Poupança: A caderneta de poupança é uma opção segura e fácil de acessar, com liquidez diária e isenção de imposto de renda para pessoas físicas. No entanto, a rentabilidade é geralmente baixa e pode ser inferior à inflação, o que pode ser um problema porque o poder de compra do dinheiro que está na sua reserva de emergência tende a diminuir com o tempo – e por isso, pode precisar de novos aportes de vez em quando.
- Tesouro Direto: O Tesouro Selic é um título governamental disponibilizado pelo governo federal, sendo tido como um dos investimentos de maior segurança no Brasil. Com liquidez diária, seu desempenho segue a taxa Selic, garantindo um retorno real positivo. Vale ressaltar que o rendimento sofre tributação do Imposto de Renda, que varia conforme o período de investimento.
Minha única observação é que o Tesouro é negociado em horário comercial – e por isso, você pode até agendar um resgate fora do horário, mas o dinheiro somente irá cair em sua conta durante o próximo dia útil.
Normalmente isso não diminui o valor do Tesouro Selic como um bom investimento – mas se você é daquelas pessoas que não tem boa organização, algumas vezes pode se ver precisando do dinheiro imediatamente… e nesse caso, não há o que fazer a não ser esperar o próximo dia útil.
Certa vez eu saí em viagem com a minha família, e o carro quebrou, no meio do Carnaval. Você pode imaginar o susto que levamos, e a confusão que foi resolver isso… mas o pior foi saber que eu tinha dinheiro guardado para essa situação, mas como era um dia de feriado, não estava acessível.
Então, fique atento a isso se for utilizar o Tesouro Selic para reserva de emergência.
- CDB (Certificado de Depósito Bancário): Os CDBs com liquidez diária podem ser uma excelente opção para a reserva de emergência. Eles são emitidos por bancos e possuem rentabilidade atrelada ao CDI (que é MUITO próxima à da Selic).
A segurança é garantida pelo FGC (Fundo Garantidor de Créditos) até o limite de R$ 250.000 por CPF e instituição financeira.
Aqui, assim como no caso do Tesouro Selic, há incidência de Imposto de Renda sobre o rendimento.
Procure sempre um CDB que tenha liquidez diária e com rentabilidade o mais próxima da taxa Selic que encontrar. Muitos bancos oferecem CDBs com boa liquidez, mas cuja taxa é 20 a 30 por cento menor do que a Selic (o que torna o rendimento quase tão ruim quanto o da poupança).
- LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio): Estes investimentos são emitidos por bancos e possuem isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas.
No entanto, nem sempre é possível encontrar opções com liquidez diária, o que pode ser um problema para a reserva de emergência.
A escolha do melhor investimento para a reserva de emergência depende das características e preferências de cada investidor.
É fundamental analisar os prós e contras de cada opção e considerar a liquidez, o risco e o retorno antes de tomar uma decisão sobre qual o melhor investimento para a reserva de emergência.
Compare taxas, prazos e rendimentos para escolher o investimento que melhor atende às suas necessidades.
No final das contas, talvez o que funcione para você (é o que funciona para mim) é distribuir a reserva de emergência em mais de um investimento.
Estabelecendo metas mensais de economia para formar reserva de emergência
Uma forma recomendável de formar sua reserva de emergência é através de metas claras e objetivas.
Defina metas realistas e ajustáveis para poupar dinheiro mensalmente, de acordo com seus gastos fixos e variáveis mensais (na média).
Na prática, a recomendação que eu costumo fazer para alguém formar a reserva de emergência é de poupar 20% a 25% da sua renda total. Desse valor, a maior parte deve ser destinada para sua reserva de emergência, até que ela esteja formada.
Depois disso, você pode começar a montar sua carteira de investimentos – e seguir seu plano rumo à independência financeira.
Faça um planejamento financeiro e analise seu orçamento para identificar áreas onde é possível economizar, para que a meta de poupar 20% da renda seja possível.
Estabeleça um prazo bem definido para alcançar a reserva de emergência desejada e acompanhe seu progresso regularmente.
Ou seja, comece o mais cedo possível, e cumpra suas metas – isso vai te ajudar a ter mais disciplina, e consequentemente, acelerará a sua jornada rumo à independência financeira.
Dicas para poupar dinheiro e aumentar a reserva
Você pode ter chegado até aqui e estar pensando: como é que eu vou conseguir economizar se o dinheiro mal dá até o final do mês?
Se esse for o seu caso, eu trouxe algumas dicas para você poder pensar e adaptar à sua realidade:
- Corte gastos desnecessários e priorize suas necessidades (até atingir suas metas).
- Aproveite promoções e descontos em compras e serviços sempre que puder.
- Cozinhe em casa e evite gastos excessivos com alimentação fora. Evite excessos aos finais de semana também, enquanto as contas não estiverem em dia.
- Economize energia, água e outros recursos – o planeta agradece, e sua conta corrente também!
- Crie e siga um orçamento mensal – assim, você vai entender direitinho o que está consumindo mais do seu dinheiro, e principalmente, o que é um gasto dispensável.
Erros comuns ao montar uma reserva de emergência
Ao criar uma reserva de emergência, é importante evitar erros comuns que podem comprometer sua eficácia e deixá-lo despreparado para enfrentar situações imprevistas.
Vamos analisar cada erro em detalhes e entender como evitá-los:
- Subestimar as despesas e criar uma reserva insuficiente: Um dos principais erros é subestimar suas despesas mensais, o que pode resultar em uma reserva inadequada para cobrir os imprevistos. Por exemplo, se você calcular sua reserva de emergência com base em despesas mensais de R$ 3.000, mas na realidade gasta R$ 4.000 por mês, sua reserva será insuficiente. Para evitar isso, faça um levantamento detalhado de todas as suas despesas fixas e variáveis antes de determinar o valor ideal da reserva.
- Usar a reserva para gastos não emergenciais: Outro erro comum é usar a reserva de emergência para gastos não emergenciais, como compras impulsivas ou férias. Isso pode comprometer a reserva e deixá-lo desprotegido em caso de uma emergência real. Para evitar isso, crie uma regra clara de usar a reserva apenas para emergências e estabeleça um fundo separado para gastos discricionários.
- Não diversificar os investimentos da reserva: Manter toda a reserva em um único tipo de investimento pode ser arriscado. Por exemplo, se você colocar toda a sua reserva em um CDB de um único banco e esse banco enfrentar problemas financeiros, sua reserva de emergência estará em risco. A solução é diversificar seus investimentos, distribuindo-os em diferentes tipos de ativos e instituições financeiras.
- Desconsiderar a inflação e a rentabilidade do investimento: A inflação pode corroer o poder de compra do dinheiro ao longo do tempo, e é importante que a reserva de emergência mantenha seu valor real. Investir em ativos com rentabilidade muito baixa ou inferior à inflação pode prejudicar a eficácia da reserva. Para evitar isso, escolha investimentos que ofereçam retornos reais positivos e acompanhe a inflação regularmente.
- Não revisar e atualizar a reserva periodicamente: As circunstâncias da vida mudam e é essencial revisar e ajustar a reserva de emergência de acordo com essas mudanças. Por exemplo, se você teve um aumento no salário ou nas despesas, é importante reavaliar o valor ideal da reserva e ajustá-la conforme necessário. Estabeleça uma rotina para revisar sua reserva de emergência anualmente ou sempre que houver mudanças significativas em sua situação financeira.
Evitando esses erros comuns, você estará mais bem preparado para enfrentar imprevistos e manter a estabilidade financeira a longo prazo.
Manter a reserva de emergência atualizada
Revise sua reserva de emergência anualmente ou sempre que houver mudanças significativas em suas despesas ou situação financeira (como em situações em que houver aumento de renda, ou situações em que suas despesas irão mudar completamente, como depois que você se casa).
Ajuste o valor da reserva e os investimentos conforme necessário para garantir que ela continue adequada às suas necessidades. Se você tinha uma reserva como solteiro, por exemplo, que cobria gastos da ordem de 3 mil reais, isso pode não ser suficiente depois de um casamento – em que seus gastos podem aumentar, digamos, 50%. Assim, sua reserva de emergência deve acompanhar o aumento dos seus gastos sempre que houver.
O que fazer quando precisar usar a sua reserva
Se enfrentar uma emergência, use sua reserva com responsabilidade.
Lembre-se de que ela serve para cobrir gastos inesperados e essenciais.
Após resolver a situação, comece a reabastecer sua reserva o mais rápido possível. Se for preciso, interrompa os aportes em novos investimentos até que sua reserva de emergência esteja reestabelecida.
Reserva de emergência para autônomos
Profissionais autônomos, como freelancers, empreendedores e consultores, enfrentam desafios financeiros específicos devido à natureza instável de sua renda, que pode variar significativamente de um mês para outro.
Além disso, esses profissionais não contam com benefícios trabalhistas como seguro-desemprego, férias remuneradas e licença médica, o que torna a construção de uma proteção financeira ainda mais crucial.
Para autônomos, é importante considerar alguns aspectos adicionais ao criar e gerenciar sua reserva:
- Maior reserva financeira: Como mencionado anteriormente, autônomos devem considerar ter uma reserva de emergência maior, entre 6 a 12 meses de despesas mensais. Isso se deve ao fato de que a instabilidade na renda pode levar a períodos de baixa ou nenhuma entrada de recursos. Por exemplo, um profissional autônomo que trabalha com eventos pode enfrentar uma redução drástica de renda durante uma crise sanitária como a que vivemos recentemente, fazendo como que a necessidade de uma reserva financeira mais robusta seja essencial para manter a estabilidade financeira nesses tempos difíceis.
- Diversificação de renda: Autônomos podem se beneficiar de buscar fontes adicionais de renda, como investimentos em renda fixa ou variável, e projetos paralelos. Diversificar a renda pode ajudar a reduzir a dependência de uma única fonte e proporcionar maior estabilidade financeira em momentos de incerteza.
- Planejamento financeiro: Profissionais autônomos devem desenvolver um planejamento financeiro detalhado, levando em consideração a volatilidade de sua renda e a necessidade de gerenciar suas finanças de forma mais proativa. Isso inclui a criação de um orçamento mensal, acompanhamento das despesas e estabelecimento de metas financeiras de curto e longo prazo.
- Seguros: Como autônomos não têm acesso a alguns benefícios trabalhistas, é importante considerar a contratação de seguros, como seguro de vida, seguro-saúde e seguro de invalidez. Esses seguros podem oferecer proteção adicional em caso de imprevistos e complementar a sua reserva.
- Disciplina financeira: Manter a disciplina financeira é especialmente importante para os autônomos. Isso inclui separar uma porcentagem fixa da renda para a reserva de emergência e evitar gastos impulsivos. Além disso, é essencial resistir à tentação de usar a reserva de emergência para financiar projetos pessoais ou profissionais que não sejam emergências.
Ao expandir a reserva de emergência e implementar estratégias financeiras sólidas, profissionais autônomos podem enfrentar a instabilidade da renda e garantir maior segurança financeira a longo prazo.
Como conciliar reserva de emergência e outros objetivos financeiros
É possível equilibrar a construção da reserva de emergência com outros objetivos financeiros, como investir, quitar dívidas e poupar para a aposentadoria, principalmente se você não tem dívidas.
Estabeleça prioridades e distribua suas economias de acordo com suas metas.
Um bom plano, que eu costumo recomendar, é 75-15-10. Isso significa que para cada 1 real que entrar de renda total, 75 centavos podem ser destinados a gastos de vida cotidiana, 15 centavos serão destinados a metas de curto e médio prazo (de hoje até cerca de 3 anos), e os 10 centavos restantes seriam destinados a investir para o futuro.
Assim, você pode utilizar, de cada real de renda, 10 centavos para a construção de uma reserva de emergência, enquanto 15 centavos podem ser direcionados a outros objetivos.
O importante é a disciplina. Mantenha o foco em seus objetivos de longo prazo, mas não se esqueça da importância de ter uma reserva de emergência sólida.
Situações especiais:
- Reserva de emergência em dólar é possível? Sim, é possível manter parte da sua reserva de emergência em dólar ou outra moeda forte, o que pode servir como uma proteção adicional contra a desvalorização da moeda local. No entanto, é importante levar em consideração os riscos cambiais e a liquidez dessa opção. Caso você precise acessar sua reserva de emergência rapidamente, a conversão de moedas pode levar algum tempo e envolver taxas adicionais. Além disso, a flutuação cambial pode afetar o valor da sua reserva em relação às suas despesas em moeda local.
- Reserva de emergência: Tesouro Selic ou IPCA? (qual o melhor?) O Tesouro Selic é geralmente a opção mais recomendada para reserva de emergência, devido à sua liquidez e menor volatilidade. Títulos do Tesouro Selic têm rentabilidade atrelada à taxa básica de juros (Selic) e podem ser resgatados a qualquer momento sem perda de rentabilidade. Já os títulos IPCA+ possuem maior volatilidade e podem apresentar perdas se resgatados antes do vencimento, o que não é ideal para uma reserva de emergência.
- Reserva de emergência e reserva de oportunidade (quais as principais diferenças entre elas?) A reserva de emergência é voltada para imprevistos e deve ser composta por investimentos de baixo risco e alta liquidez. Por outro lado, a reserva de oportunidade é destinada a aproveitar boas oportunidades de investimento, como a compra de ativos desvalorizados ou o ingresso em um novo negócio. A reserva de oportunidade pode ser composta por investimentos com maior rentabilidade e risco, e não precisa ser tão líquida quanto a reserva de emergência.
- Fazer reserva de emergência ou quitar dívidas? É importante avaliar a situação individualmente. Caso possua dívidas de juros altos, como cheque especial ou cartão de crédito, priorize quitar essas dívidas primeiro. Juros altos podem comprometer sua saúde financeira e atrasar a construção de uma reserva de emergência eficiente. Após quitar as dívidas, comece a construir sua reserva de emergência.
- Fazer reserva de emergência em fundos de investimento vale a pena? Investir em fundos de investimento para a reserva de emergência pode ser uma opção viável, desde que sejam fundos de baixo risco e com alta liquidez. Fundos DI, por exemplo, investem majoritariamente em títulos públicos atrelados à taxa Selic e podem ser uma opção adequada. No entanto, fique atento às taxas de administração e resgate, que podem comprometer a rentabilidade e a liquidez da reserva.
- Fazer reserva de emergência para sua empresa é fundamental. Saiba porquê: Assim como indivíduos, empresas também enfrentam imprevistos e crises financeiras, como a perda de um cliente importante, problemas de produção ou até mesmo situações econômicas adversas.
Ter uma reserva de emergência para a empresa garante a continuidade dos negócios em momentos de dificuldades e permite que você tome decisões mais assertivas, sem a pressão de estar em uma situação financeira apertada. Além disso, uma reserva de emergência empresarial pode ajudar a empresa a aproveitar oportunidades de crescimento e expansão, como a aquisição de equipamentos ou a contratação de funcionários.
Para calcular o valor ideal da reserva de emergência da empresa, considere os custos fixos e variáveis e estime um período de cobertura adequado, que pode variar entre 3 a 12 meses, dependendo do grau de incerteza do negócio e do mercado em que a empresa atua.
Em resumo, a reserva de emergência é um componente essencial do planejamento financeiro pessoal e empresarial.
Considerar as diferentes situações e contextos ao planejar e montar sua reserva de emergência garante que você esteja preparado para enfrentar imprevistos e aproveitar oportunidades de investimento com tranquilidade e segurança. Lembre-se de revisar e atualizar sua reserva periodicamente, ajustando-a às mudanças em sua vida financeira e pessoal.
Conclusão
Montar uma reserva de emergência é um passo essencial para atingir a independência financeira e proteger suas finanças contra imprevistos.
Siga os passos e dicas deste artigo e comece a construir sua reserva de emergência hoje mesmo!
Lembre-se de revisar e atualizar sua reserva conforme necessário e manter o foco em seus objetivos financeiros de longo prazo.
E aí, sua reserva de emergência já está formada? Quais as suas dificuldades?
Comente aí embaixo para que a gente possa trazer mais conteúdos que ajudem você a se tornar mais independente!